Os ataques cibernéticos geram preocupações constantes, o que exige soluções de segurança robustas para a empresa. Segundo a pesquisa do Grupo MZ, especializada em soluções para investidores, houve um aumento de 220% de ameaças no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período em 2020. O estudo foi realizado embasado em dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia regulada pelo Ministério da Economia.
Provavelmente, você já ouviu falar de empresas pagando multas enormes, ou até mesmo saindo do mercado, devido a um vazamento de dados em seus sistemas. Um caso famoso de ataque cibernético foi o que ocorreu contra a Sony, em 2014. Os computadores da empresa ficaram inativados e houve um roubo de 100 terabytes de dados confidenciais. Assim, filmes não lançados foram vazados.
Segundo o relatório do DBIR (Data Breach Investigations Report), da consultoria Verizon, 86% das violações de segurança cibernética foram motivadas financeiramente e 10% foram motivadas por espionagem.
Neste artigo, abordaremos os ataques cibernéticos e como evitá-los. Aproveite a leitura!
Os ataques cibernéticos e suas fontes
Uma ameaça à segurança cibernética é um ataque malicioso, deliberado por um indivíduo ou organização, para obter acesso não autorizado às informações ou sistemas de uma empresa.
Dessa forma, o cibercriminoso (ou alguma entidade) realiza ações na rede invadida — como danificar, interromper ou roubar ativos de TI, propriedade intelectual ou qualquer outro dado confidencial.
Abaixo estão os grupos criminosos que utilizam phishing, spam, spyware e malware para usurpar identidades, realizar fraudes online e fazer extorsões de sistemas.
1 — Hackers
Os hackers exploram várias técnicas cibernéticas para violar as defesas e explorar vulnerabilidades em um sistema de computador ou rede. Eles são motivados por satisfação pessoal, vingança, perseguição e ganho financeiro.
2 — Grupos Terroristas
Terroristas conduzem ataques cibernéticos para destruir, infiltrar ou explorar infraestruturas visando ameaçar a segurança nacional, comprometer equipamentos militares, perturbar a economia e, até mesmo, causar mortes em massa.
3 — Hacktivistas
Os hacktivistas realizam ataques cibernéticos em apoio a causas políticas, ao invés de ganhos financeiros. Eles têm como alvo setores, organizações ou indivíduos que não se alinham com suas ideias e planos políticos.
4 — Insiders maliciosos
Os Insiders podem incluir colaboradores, fornecedores terceirizados, contratados ou outros associados de negócios com acesso legítimo aos ativos da empresa, mas que o usam indevidamente para roubar ou destruir informações para ganho financeiro ou pessoal.
5 — Espiões Corporativos
Os espiões corporativos realizam espionagem industrial ou comercial para obter lucro ou interromper os negócios de um concorrente. Dessa forma, atacam infraestruturas e roubam segredos comerciais.
Os ataques mais comuns
Conforme cibercriminosos utilizam cada vez mais tecnologias sofisticadas, conseguem desenvolver novas ameaças. Aqui estão alguns exemplos de ataques cibernéticos comuns e tipos de violações de dados:
1 — Phishing
Os cibercriminosos enviam e-mails que parecem vir de remetentes legítimos. Em seguida, o usuário é induzido a clicar no link malicioso, levando à instalação de malware para divulgação de informações confidenciais, como detalhes do cartão de crédito e credenciais de login.
2 — Spear Phishing
Spear phishing é uma forma mais sofisticada de um ataque de phishing em que os cibercriminosos visam apenas usuários privilegiados, como administradores de sistemas.
3 — Ransomware
Ransomware é um ataque de malware em que o invasor criptografa os dados da vítima e ameaça publicar ou bloquear o acesso aos dados, a menos que um resgate seja pago.
4 — Ataque DNS
Um ataque DNS é uma ameaça em que os cibercriminosos exploram vulnerabilidades no DNS (“Domain Name System”, Sistema de Nomes de Domínio). É muito comum o usuário ser infectado por este tipo de Malware através de e-mails de phishing.
Depois que este software malicioso é instalado, o usuário possui seu tráfego de rede direcionado para websites não autorizados, porém com uma interface muito próxima do verdadeiro endereço. Geralmente, o atacante faz com que você acredite estar no site correto e coleta diversas informações pessoais, enviando tudo que o próprio usuário digita, diretamente para o banco de dados do grupo criminoso.
Consequências que podem gerar para as empresas
Um ataque cibernético bem-sucedido pode causar grandes danos ao seu negócio, como a exposição de dados e o pagamento de sequestros. Isso pode afetar os resultados, bem como a posição do seu negócio e a confiança do consumidor.
Assim, o impacto de uma violação de segurança pode ser amplamente dividido em três categorias: financeira, reputacional e legal. Confira as principais consequências:
1 — Custo econômico do ataque cibernético
Ataques cibernéticos muitas vezes resultam em perdas financeiras substanciais decorrentes de:
- roubo de informações corporativas;
- subtração de informações financeiras (dados bancários ou detalhes do cartão de pagamento);
- desvio de dinheiro;
- interrupção na negociação (incapacidade de realizar transações on-line);
- perda de negócios ou contratos.
As empresas que sofreram uma violação cibernética também terão custos associados à reparação de sistemas, redes e dispositivos afetados.
2 — Danos à reputação
A confiança é um elemento essencial do relacionamento com o cliente. Ataques cibernéticos podem prejudicar a imagem da empresa e corroer a confiança no mercado. Isso acarreta:
- desinteresse de clientes;
- perda de vendas;
- diminuição do posicionamento no mercado;
- redução nos lucros.
O efeito de danos à reputação também pode impactar em seus fornecedores e afetar relacionamentos com parceiros e investidores.
3 — Consequências legais
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exige que você gerencie a segurança de todos os dados pessoais da sua base provenientes dos seus colaboradores e clientes.
Se esses dados forem acidentais ou deliberadamente comprometidos e você não tiver implantado medidas de segurança apropriadas, a empresa pode enfrentar sanções regulatórias.
Dicas práticas para mitigação de riscos
A mitigação de riscos de segurança cibernética envolve o uso de políticas e processos para reduzir o risco global ou o impacto de uma ameaça. À medida que as técnicas dos cibercriminosos se tornam mais sofisticadas, as estratégias para reduzir os riscos terão que se adaptar. Veja o que pode ser feito:
1 — Use Antivírus e Firewall
Esta é uma medida básica e a solução mais comum para combater ataques maliciosos. O software bloqueia malwares, de diversas características, ao entrar em seu dispositivo e comprometer seus dados.
Para completar, use um firewall, pois ajuda a filtrar hackers, vírus e outras atividades maliciosas que ocorrem na internet e determinam qual tráfego tem permissão para entrar em seu dispositivo.
O Windows e o Mac OS X vêm com seus respectivos firewalls, apropriadamente chamados Firewall do Windows e Firewall do Mac. Seu roteador também deve ter um firewall integrado para evitar ataques à rede.
2 — Não compartilhe senhas entre serviços
Ter a mesma configuração de senha para tudo pode ser perigoso. Se um hacker descobrir, terá acesso a todas as informações em seu sistema e em qualquer aplicativo que você usar.
Por isso, use combinações de letras, números e caracteres especiais em suas senhas e diferencie a combinação entre seus aplicativos.
3 — Identifique atividades suspeitas
Nunca abra um arquivo de um remetente que você não conhece. Siga sua intuição ao ver alguma mensagem estranha e desconfie se algum contato pedir ajuda financeira.
Nunca forneça dados pessoais por telefone ou e-mail, a menos que tenha certeza de que é seguro.
Lembre-se: segurança é um trabalho de todos. Caso suspeite de algum e-mail, arquivo ou site, peça ajuda ao seu time de Tecnologia. Da mesma forma, quando você suspeita de alguma doença e procura um médico, a equipe de T.I também está alinhado para garantir melhor segurança ao ambiente.
4 — Tenha um plano de continuidade
O plano de continuidade é importante para que colaboradores de todos os setores se sintam responsáveis por ajudar a manter o funcionamento da empresa no caso de ataques cibernéticos.
Um plano de resposta a incidente ajuda a organização permanecer preparada para que a equipe saiba o que fazer. Os processos têm a finalidade de corrigir problemas e evitar danos ainda maiores.
5 — A Importância do processo de migração para a nuvem
A nuvem é um dos lugares mais seguros para o armazenamento de dados corporativos, porque conta com recursos de segurança e capacidade de mitigação de ataques. Dessa forma, diminui as ameaças cibernéticas em comparação com uma estrutura física de armazenamento de dados.
Reduza os danos potenciais
À medida que a dependência de tecnologias digitais continua a aumentar, os ataques cibernéticos tornaram-se muito sofisticados. Assim, as organizações que dependem de estratégias de cibersegurança ultrapassadas deixam-se vulneráveis a um potencial ataque cibernético.
Para evitar essas ameaças, as organizações devem aplicar as dicas listadas neste artigo, como instalar antivírus, não clicar em links suspeitos e ter um plano de continuidade.
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