O que é FinOps e qual o seu impacto em empresas

FinOps: imagem mostra colaboradores fazendo análises de dados.

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A infraestrutura digital proporciona uma verdadeira revolução no modo de operar das empresas. No entanto, apesar de muitos negócios já estarem inseridos na realidade da computação na nuvem, a maioria deles não está preparado para lidar com os desafios financeiros de um ambiente cloud.

É aí que o FinOps surge como solução para que você consiga crescer com um domínio maior dos gastos com a tecnologia. Quer entender melhor esse conceito e os impactos positivos que ele proporciona?

Neste post, abordaremos o que é FinOps e como ele ajuda a otimizar o gerenciamento da transformação digital nos ambientes corporativos. Confira os detalhes abaixo!

O que é FinOps?

Não é novidade que a computação em nuvem está cada vez mais presente no dia a dia das empresas. Mas, essa realidade também trouxe a necessidade de contabilizar esses recursos de uma forma mais eficiente.

Nesse cenário, nasceu o FinOps (Financial Operations) ou Operações Financeiras. Um modelo de gestão cujo objetivo é estabelecer o equilíbrio entre a implementação de tecnologias baseadas em nuvem, e os respectivos custos gerados por essas operações.

Mais precisamente, essa metodologia foca na gestão de custos de infraestrutura sob demanda, em que a empresa só paga por aquilo que utiliza de fato.

Como o FinOps funciona?

Basicamente, o FinOps tem uma abordagem interativa e funciona com um ciclo de vida de três etapas: informar, otimizar e operar.

A ideia do estágio “informar” é que, quanto maior for a clareza de informações sobre o panorama da empresa — recursos, orçamentos e parâmetros —, melhor será a sua visibilidade sobre a alocação de recursos. Assim, temos uma tomada de decisão mais rápida e assertiva.

Na etapa “otimizar”, a empresa tem em mãos os dados que necessita para dimensionar os seus gastos e adotar as estratégias necessárias para eliminar gargalos. Então, o gestor deve analisar objetivamente a sua realidade, especialmente o consumo de recursos relacionados à nuvem, e fazer as mudanças necessárias para reduzir custos sem diminuir a eficácia das ferramentas.

Já a fase “operar” diz respeito ao custo-benefício das operações em nuvem para a organização. Aqui, os gestores comparam os resultados com as metas pré-definidas e avaliam a qualidade dos serviços de nuvem consumidos, se eles estão correspondendo às expectativas.

Qual a utilidade do FinOps?

Diante de um mercado competitivo e baseado em soluções digitais na nuvem, aderir à cultura do FinOps é um ponto de extrema relevância para que o negócio não apenas consiga usufruir das melhores tecnologias, mas sobretudo empregá-las da forma mais otimizada possível.

Embora uma infraestrutura em nuvem seja naturalmente mais econômica, e trabalhe com preços baseados no uso, ainda há uma dificuldade para os gestores alinharem suas demandas, e o quanto as oscilações repercutem no seu orçamento.

Portanto, o FinOps tem uma grande importância na previsibilidade de cenários e, consequentemente, para o ganho de competitividade.

Quais os seus benefícios para as empresas?

Implementado de maneira apropriada, o FinOps faz mais do que simplesmente alinhar a cultura organizacional. Ele gera benefícios claros para o gerenciamento financeiro da infraestrutura de TI. Veja algumas dessas vantagens a seguir.

Eficiência Operacional

Independentemente do tamanho da organização ou do segmento em que ela atua, trabalhar na nuvem se tornou uma condição de sobrevivência. Especialmente com os atrativos da flexibilidade e escalabilidade que essa tecnologia oferece.

No entanto, a empresa só vai usufruir verdadeiramente dessa eficiência operacional gerada pela nuvem se conhecer suas reais deficiências para implementar as ferramentas corretas.

Com as práticas adequadas de FinOps, é possível evitar não apenas o emprego de soluções que não atendam as demandas, como também o uso de licenças indevidas.

Maior visibilidade das suas operações

Ter visibilidade sobre o estado da sua infraestrutura de nuvem e capacidade para detectar variações nos gastos. Essa é uma competência fundamental para que qualquer negócio consiga identificar gargalos e promover os ajustes necessários para o melhor desempenho.

É por isso que a cultura do FinOps é tão importante, ela proporciona a geração de relatórios em tempo real. Com isso, é assegurado aos gestores uma visão ampla e precisa de toda a situação atual, de modo que consigam fazer os ajustes necessários continuamente, e não sejam pegos de surpresa.

Otimização de custos

Migrar para a nuvem é uma estratégia com grande potencial para tornar as operações e investimentos da empresa em TI menos dispendiosas. Porém, ainda que essa mudança traga economia de imediato, a redução de despesas pode ser maior a longo prazo, se o modelo de FinOps for utilizado.

Como mencionado, isso ajudará na identificação das soluções de melhor custo-benefício e mensuração de resultados, de modo que a organização consiga definir suas prioridades e diminuir os custos com os sistemas em nuvem.

Como o FinOps é aplicado?

A aplicação do FinOps depende do rastreamento do estágio de aprendizado que a empresa se encontra, para que então possa ser traçado plano de adoção orgânica da cultura, de modo que todos os colaboradores estejam engajados com o mesmo propósito.

E o ponto de partida para alcançar esse objetivo é trabalhar bem o alinhamento das equipes, com os princípios que constroem essa cultura. Descubra quais são esses valores a seguir.

Times devem colaborar

A colaboração entre times é um ponto-chave na cultura do FinOps. Quando as equipes de finanças e tecnologias trabalham juntas e com uma troca contínua, a empresa consegue implementar melhorias e inovar a sua dinâmica de trabalho para garantir a otimização de resultados.

Todos são responsáveis pelo uso da cloud

O processo de tomada de decisão sobre o uso e otimização de recursos da nuvem deve ser descentralizado. Isto é, cada equipe técnica deve gerenciar o seu próprio uso de recursos e produtos da nuvem, considerando o orçamento disponibilizado para o seu time.

Time centralizado liderando o FinOps

Assim como qualquer cultura empresarial, o FinOps também depende da adesão de todos os envolvidos para que ela seja bem-sucedida. Nesse contexto, a centralização de uma equipe focada na otimização de uso, ou seja, para pensar nas negociações de tarifas e no custo com os provedores é indispensável.

Relatórios devem ser acessíveis e atualizados

O poder do FinOps depende do acesso a dados relevantes em todos os níveis da organização. Logo, relatórios oportunos e atualizados devem estar no centro das suas ações.

Além de feedback mais rápido sobre o seu desempenho no mercado e tudo que acontece no ambiente interno, essa abordagem também permite avaliar parâmetros de comparação com as demais empresas do setor.

Por exemplo, o relatório FinOps Foundation Report 2022 aponta que a maioria dos entrevistados, em todos os níveis de maturidade na prática de FinOps, relatam previsões semanais ou mensais e dos orçamentos de previsão de nuvem.

Decisões são guiadas pelo valor agregado da nuvem

O FinOps orienta pensar na nuvem como um impulsionador da inovação. Para tanto, a tomada de decisão consciente deve ser guiada pelo valor agregado da nuvem em relação aos gastos.

Obter vantagens sobre o custo variável dos serviços Cloud

A flexibilidade de serviços e, consequentemente, de custos é uma das grandes vantagens da nuvem. Logo, a proposta do FinOps se concentra em transformar essa oportunidade em vantagens competitivas para o negócio.

Em vez de planejamentos de compra e capacidade de longo prazo, a empresa deve ser capaz de fazer pequenos ajustes contínuos, conforme as mudanças das suas necessidades. Isso ajuda encontrar imediatamente muitas economias em potencial.

Quais os impactos do FinOps?

O relatório FinOps Foundation Report 2022 revelou que, embora a adoção do FinOps continue proliferando em todo o mundo, a forma como cada organização adota esse sistema é diferente, e existem inúmeros desafios a serem superados ao longo desse caminho.

O estudo mostra, por exemplo, que um dos grandes desafios é fazer com que os engenheiros ajam conforme as recomendações de otimização de custo. Normalmente, as equipes de engenharia têm a liberdade de experimentar novos recursos de TI sem recorrer a processos formais de aquisição.

Assim, a tentativa de propor iniciativas de otimização de custos ou de restringir essa liberdade pode acabar reduzindo a motivação e a criatividade desses profissionais. O que resultaria em uma desaceleração do processo de inovação.

Como as equipes de engenharia desempenham um papel fundamental no valor dos serviços em nuvem para a empresa, é preciso encontrar o equilíbrio entre medidas culturais de governança e crescimento da automação.

O nível de maturidade do FinOps depende da força que a sua cultura tem na empresa. Sendo segmentado de acordo com a proficiência e hábitos adotados pela empresa em relação a ela. São quatro os níveis de maturidade encontrados:

  • Pre-crawl (pré-engatinhando);
  • Crawl (engatinhando);
  • Walk (caminhando);
  • Run (correndo).

Ainda de acordo com o documento, como regra, a expansão do FinOps nas empresas estaria relacionado a sua crescente necessidade de transformação digital. Nesse cenário, a segmentação “Run” diz respeito a uma organização que anda de mãos dadas com a adoção total da nuvem, o chamado “All-in on cloud”.

Os princípios e valores de FinOps podem guiar qualquer organização que deseja implementar processos mais ágeis e eficientes, garantindo bons resultados. Essa integração do time de negócios e TI é a chave para trazer um melhor planejamento dos gastos com a nuvem, possibilitando um desempenho de excelência e uma alta competitividade.

Gostou do artigo? Agora que você já sabe o que é FinOps e quais os impactos dessa metodologia para seu negócio, aproveite para aprofundar seus conhecimentos sobre computação em nuvem.

Armindo Sgorlon

Armindo Sgorlon

CEO SGA TI em Nuvem

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