Tecnologia e inovação: 6 tendências para ficar de olho em 2024

17 de janeiro de 2024
Por Armindo Sgorlon

A tecnologia e a inovação estão transformando a forma como vivemos, trabalhamos e, principalmente, como fazemos negócios. A era digital tornou-se impulsionadora de mudanças, moldando novas oportunidades e desafios.

Nesse cenário, antecipar tendências significa estar atento às mudanças tecnológicas. Dessa forma, as empresas podem se adaptar mais rapidamente e capitalizar oportunidades antes dos concorrentes. Além disso, inovar pode estimular o crescimento sustentável, pois permite que as empresas criem novos produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes de forma mais personalizada. 

As empresas que cultivam uma cultura de inovação estão mais bem posicionadas para enfrentar desafios e prosperar em ambientes de negócios. Essa cultura, que incentiva a experimentação, o aprendizado com os erros e o trabalho colaborativo, é fundamental para fomentar a criatividade, impulsionar a adaptação rápida às mudanças do mercado e catalisar o desenvolvimento de soluções inovadoras.

Ao preparar seu negócio para 2024, é importante reconhecer que a inovação é um processo contínuo e ficar de olho nas tendências. Nesse contexto, soluções como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e o Full Digital Commerce devem ganhar ainda mais destaque no próximo ano, oferecendo eficiência operacional e insights valiosos que podem resultar em estratégias de negócios mais eficazes. 

Por exemplo, a IoT pode monitorar equipamentos e processos, gerando economias de custos e melhorias na produtividade. Já o Full Digital Commerce, por sua vez, pode ajudar as empresas a alcançar novos mercados e oferecer uma experiência aprimorada ao cliente. Vamos entender melhor essas tendências?

6 tendências de tecnologia e inovação que você precisa conhecer

Aqui estão seis tendências de tecnologia e inovação que você deve ficar de olho em 2024:

1. Inteligência artificial generativa democratizada

A democratização da IA generativa está em curso, impulsionada pela convergência de modelos amplamente pré-treinados, computação em nuvem e código aberto. Essa sinergia está viabilizando o acesso desses modelos a trabalhadores em todo o mundo. 

Ainda de acordo com a pesquisa do Gartner, espera-se que, até 2026, mais de 80% das empresas terão usado APIs e modelos GenAI, ou implementado aplicativos habilitados para GenAI em ambientes de produção, contra menos de 5% no início de 2023. 

Essa democratização da IA generativa tem o potencial de tornar vastas fontes de informações, tanto internas quanto externas, acessíveis e disponíveis para usuários empresariais. Dessa forma, a rápida adoção da GenAI terá um impacto na democratização do conhecimento e das competências dentro das organizações.

Os grandes modelos de linguagem possibilitam que as empresas conectem seus trabalhadores ao conhecimento de maneira conversacional, com uma compreensão semântica rica. Como resultado, essa transformação facilita o acesso à informação e também promove uma interação mais intuitiva entre os usuários e as ferramentas de IA.

2. Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT) é outra tendência que ganha destaque, conectando dispositivos e sistemas de maneira inteligente. A capacidade de interconectar objetos do cotidiano e extrair dados em tempo real está transformando setores como cidades inteligentes, agricultura e manufatura. 

Dispositivos IoT, desde termostatos inteligentes até sensores agrícolas avançados, estão proporcionando eficiência e economia. Além disso, com a expansão da infraestrutura de rede 5G, a IoT tem potencial para se tornar ainda mais onipresente, gerando oportunidades para inovações disruptivas. 

Na área da saúde, a Internet das Coisas Médicas (IoMT) está impulsionando transformações e até salvando vidas. A IoMT interconecta dispositivos médicos, sistemas de saúde e profissionais da área, utilizando sensores avançados para coletar e compartilhar dados. 

Assim, dispositivos como monitores cardíacos e smartwatches com sensores biométricos possibilitam o monitoramento de pacientes fora do ambiente hospitalar. Essa integração é fundamental para o crescimento da telemedicina, permitindo consultas virtuais, diagnósticos remotos e acompanhamento de pacientes, sobretudo em áreas remotas ou situações de emergência.

3. Jornada Full Digital Commerce

Para as empresas que almejam iniciar ou expandir seus negócios digitais, o Full Digital Commerce desponta como uma abordagem inovadora e personalizada para escalar as vendas. 

Diferentemente do modelo tradicional de Full Commerce, onde as marcas ficam limitadas pelos modelos predefinidos das empresas parceiras, o Full Digital Commerce ajuda a construir, em conjunto com o cliente, soluções personalizadas que oferecem maior autonomia. Assim, as marcas têm a possibilidade de adaptar a tecnologia de acordo com suas necessidades específicas. 

Nesse modelo, a empresa contratante conta um parceiro para auxiliar nos serviços relacionados ao comércio eletrônico, abrangendo desde o marketing digital até a criação de marketplaces soluções de pagamento

O grande diferencial do Full Digital Commerce, trazida ao mercado pela multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia inovação que potencializa o futuro de negócios, é o olhar voltado para a jornada de compra de ponta a ponta. Essa abordagem contribui para o desenvolvimento bem-sucedido de um comércio digital, incluindo e-commerce e marketplace. Assim, ela abrange desde a consultoria de negócios, a implementação e operação do ecossistema de vendas até o growth.

Outro benefício do Full Digital Commerce é a integração eficiente de dados nas etapas da jornada do cliente. Ao unificar essas informações, as empresas podem extrair insights para aprimorar suas estratégias e a tomada de decisões.

Entenda as etapas da jornada do Full Digital Commerce

 A jornada Full Digital Commerce foi criada para simplificar o caminho do comércio digital, sendo estruturada em três momentos para atender às particularidades de cada situação.

1. Experimentação

Durante esta fase, os aceleradores podem validar hipóteses de comércio digital, comprovando os potenciais de retorno.

2. Consolidação

Neste estágio, a jornada oferece a estrutura necessária para escalar iniciativas digitais, integradas por uma gestão especializada. 

3. Inovação

Ao alcançar a etapa de inovação, a jornada promove a transformação em suas possibilidades de receita e fidelização.

Pilares da jornada do Full Digital Commerce

Vale destacar que cada momento é apoiado por quatro pilares essenciais:

1. Estratégia

Consultorias que passam pela concepção, modelagem, implantação, amadurecimento e escala de iniciativas digitais.

2. Construção

Viabilização da jornada digital com lojas digitais, marketplaces, soluções de pagamento, aplicativos, IA e muito mais.

3. Gestão e Sustentação

Monitoramento contínuo para ambientes digitais, utilizando abordagens data-driven e contando com especialistas dedicados a estabilizar e escalar os negócios digitais.

4. Aceleração

Ações de growth que ampliam o tráfego, qualificam leads, otimizam as taxas de conversão e aprimoram a satisfação do cliente.

Portanto, a jornada é cíclica, ou seja, cada estágio digital contém serviços indicados para cada um dos pilares. O foco é que a jornada tenha um direcionador macro, ao mesmo tempo em que se mantenha flexível para se adaptar, criando uma experiência única para as necessidades de cada cliente.

5. Plataformas de nuvem da indústria

De acordo com as previsões do Gartner, até 2027, mais de 70% das empresas adotarão Plataformas de Nuvem da Indústria para impulsionar suas iniciativas de negócios. Esse número representa um aumento em relação aos 15% estimados para 2023. 

Primeiramente, as ICPs são plataformas de cloud computing projetadas para atender aos requisitos de uma indústria. Elas entregam serviços de Software as a Service (SaaS), Platform as a Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS) em uma oferta abrangente com capacidades modulares. 

Geralmente, essas plataformas incluem um tecido de dados específico da indústria, uma biblioteca de capacidades de negócios predefinidas, ferramentas de composição e outras inovações de plataforma. As ICPs geram benefícios para as empresas, como:

  • Redução de custos: as plataformas podem ajudar as empresas a reduzir seus custos de TI, fornecendo serviços de cloud computing de forma escalável e econômica;
  • Melhora da eficiência: as plataformas auxiliam as empresas a aprimorar sua eficiência, automatizando tarefas e processos;
  • Inovação: as plataformas podem estimular a inovação, fornecendo acesso a recursos e capacidades de última geração.

6. A realidade aumentada e a realidade virtual

 A realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV) estão redefinindo a maneira como experimentamos o mundo digital e físico. Enquanto a RA mescla elementos virtuais com o ambiente real, a RV cria ambientes completamente virtuais, transportando os usuários para experiências interativas e envolventes.

Essas tecnologias têm aplicações diversas, desde treinamento corporativo até entretenimento e saúde. Na indústria de jogos, por exemplo, a RV oferece experiências imersivas, permitindo que os jogadores mergulhem em mundos virtuais e interajam de maneiras nunca antes possíveis. Já na área médica, a RA auxilia em procedimentos cirúrgicos e no treinamento de profissionais de saúde. 

A expectativa é que, à medida que as tecnologias evoluam, novas aplicações surjam em setores tão diversos quanto educação e turismo. Imagine salas de aula onde os conceitos abstratos se tornam tangíveis por meio da RA, ou experiências turísticas virtuais que permitem explorar destinos de todo o mundo sem sair de casa. Com a RA e a RV, as possibilidades são vastas, e a próxima fronteira de inovação está apenas começando a ser explorada.

7. Gestão contínua de exposição a ameaças

Por fim, a gestão contínua de exposição a ameaças é uma abordagem que possibilita que as organizações avaliem continuamente e de forma consistente a acessibilidade, exposição e explorabilidade dos ativos digitais e físicos.

Ao alinhar a avaliação e as áreas de remediação da gestão contínua de exposição com vetores de ameaças ou projetos de negócios, em vez de um componente de infraestrutura, revela-se as vulnerabilidades e ameaças não corrigíveis. Esse alinhamento é importante porque permite que as empresas concentrem seus esforços de segurança nas áreas mais críticas.

Por exemplo, uma empresa que está lançando um novo produto precisará avaliar os riscos específicos associados a esse lançamento. Até 2026, a previsão do Gartner é que as empresas que priorizarem seus investimentos em segurança com base em um programa de gestão contínua de exposição a ameaças alcancem uma redução de dois terços nas violações.

Essa redução é significativa, pois as violações cibernéticas podem causar danos às empresas, incluindo perda de dados e interrupção das operações. Portanto, a gestão contínua de exposição a ameaças se destaca como uma ferramenta que pode ajudar as empresas a proteger seus ativos e reduzir o risco de violações cibernéticas.

Como está o cenário de inovação nas empresas brasileiras?

De acordo com um estudo da Dell, as empresas brasileiras apresentam uma percepção mais otimista sobre sua inovação do que a realidade reflete. Segundo os dados coletados, 83% dos executivos brasileiros se autodeclaram inovadores em suas organizações. Contudo, apenas uma parcela reduzida (5%) alcançou a distinção máxima no estudo, sendo categorizadas como líderes. 

Atualmente, a maioria das empresas brasileiras (42%) se enquadra na categoria de “avaliadores da inovação”. Essas organizações já demonstram uma consciência crescente em relação ao tema, elaborando planos iniciais para impulsionar a inovação.

Além disso, a pesquisa revelou que as organizações brasileiras superam a média global quando se trata de reconhecer a importância da inovação, registrando uma marca de 97% no Brasil, em comparação com a média global de 86%. No entanto, 46% dos líderes empresariais no Brasil reconhecem que as soluções tecnológicas utilizadas não atingem um nível de avanço suficiente, gerando preocupações quanto à possibilidade de ficarem atrás da concorrência. 

Os aspectos mais desafiadores para dar os primeiros passos para implementar a inovação, segundo os respondentes, são: crescentes custos com cloud, dificuldades de integrar a arquitetura de negócios à infraestrutura de TI e carência de infraestrutura de TI para atender e processar dados na borda.

Conclusão

Agora que você percebeu a importância de inovar e está ciente das tendências previstas para 2024, que tal avaliar quais delas podem ser úteis para o seu negócio? 

Este é o momento propício para explorar oportunidades e implementar estratégias que fortaleçam sua posição no mercado. 

Portanto, considerar investimentos em tecnologia e aprimorar a capacidade de oferecer produtos e serviços inovadores são importantes para garantir a competitividade e o sucesso a longo prazo.

 

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