O DR ou Disaster Recovery (Recuperação de Desastre) é a capacidade de resposta e recuperação da empresa em situações que afetam as operações dos negócios. As falhas em sistemas são comuns e podem levar a contratempos que vão desde a perda de dados até prejuízos financeiros.
O objetivo dos métodos de DR é permitir que a organização recupere o uso de sistemas críticos e infraestrutura de TI o mais rápido possível, mantendo a continuidade dos negócios de forma segura. Como prevenção, muitas empresas realizam análises aprofundadas de seus sistemas e criam um documento formal conhecido como um DRP, Disaster Recovery Plan (Plano de Recuperação de Desastre).
Continue lendo para saber mais sobre a importância desse plano, como funciona e seus benefícios. Aproveite a leitura!
Quais os motivos que levam à necessidade do processo?
A prática de Disaster Recovery gira em torno de eventos sérios de natureza diversa, como erros sistêmicos, falhas técnicas ou ataques intencionais realizados por cibercriminosos.
Eles são significativos o suficiente para interromper as operações por um período. Os tipos de desastres incluem:
- ataques cibernéticos como Malware, DDoS, Distributed Denial of Service (Ataque de Negação de Serviço) e Ransomware;
- falha humana;
- roubos;
- acidentes com equipamentos;
- quedas de energia;
- epidemias ou pandemias;
- ataques terroristas ou ameaças;
- acidentes industriais;
- desastres naturais.
Boas práticas
Seus planos de recuperação de desastres (DRP) diferem de qualquer outro processo de negócios, já que é um procedimento que nunca se espera executar. Apesar disso, sua estratégia de Disaster Recovery Plan deve estar entre as mais importantes.
Abaixo estão algumas práticas recomendadas para garantir que o planejamento funcione.
1. Mapear vulnerabilidades
As organizações que sofrem ataques virtuais têm prejuízos — além dos financeiros — como a perda de dados. Conforme o estudo Estratégias para um futuro cibernético, mais da metade dos participantes (56%) acredita que investimentos em privacidade de dados protegem e alavancam os negócios.
Com o mapa de vulnerabilidade, evitam-se ameaças como Ransomware, um malware que faz o sequestro de dados para um cibercriminoso negociar sua liberação somente mediante pagamento.
Os hackers encriptam as informações roubadas e excluem os arquivos originais para que o usuário não consiga acessar. Por isso, eles cobram valores milionários.
O mapeamento das vulnerabilidades também é muito importante para evitar os ataques DDoS, que ocorrem quando há sobrecarga em um serviço ou largura de banda de uma infraestrutura para torná-lo indisponível.
Além disso, provoca o uso de recursos até seu total esgotamento ou explora a falha de um software para controlar o equipamento. Para evitar as ameaças, o ideal é mapear a vulnerabilidade.
Entre as medidas estão:
- fazer backup de sistemas e dados;
- ter políticas de senhas para fazer o controle de acesso;
- contar com um firewall;
- usar mecanismos anti-spam.
- instalar antivírus;
2. Apostar no cloud computing
O CDR, Cloud Disaster Recovery (Recuperação de Desastres na Nuvem), é um serviço de gerenciamento de dados baseado em nuvem que ajuda você a recuperar rapidamente os sistemas críticos da sua organização após um desastre e fornece acesso remoto aos seus em um ambiente virtual seguro.
Trata-se, principalmente, de uma solução de IaaS, Hardware as a Service (Infraestrutura como um serviço), que faz backup em um servidor de nuvem. Além disso, fornece o RPO, Recovery Point Objective (Objetivo de Ponto de Recuperação), atualizado e o RTO, Recovery Time Objective (Objetivo de Tempo de Recuperação), em caso de desastre ou restauração.
3. Investir em consultorias especializadas
Se sua organização não possui uma equipe especializada em Disaster Recovery, procure os serviços de uma consultoria especializada.
Com esta solução, seu negócio será analisado em aspectos, como riscos de segurança, fraquezas e vulnerabilidades. Assim, proporciona escalabilidade, segurança e disponibilidade para sua empresa ser mais protegida e eficiente.
Ter esse suporte também significa reduzir riscos e tomar medidas preventivas para mitigar potenciais ataques. As equipes de uma consultoria especializada ficam disponíveis e oferecem suporte para ajudar em processos, como o armazenamento de dados e configurações em dispositivos de sua empresa.
4. Ter um DRP
Uma crise não é o momento de descobrir como recuperar sistemas, mas sim de executar um plano previamente elaborado e compartilhado com seus colaboradores.
Para esta situação, crie um Disaster Recovery Plan (Plano de Recuperação de Desastre). Com esse plano documentado, distribua para todos que precisam ajudar a colocar os sistemas em funcionamento. Certifique-se de que sua equipe terá acesso mesmo quando os sistemas estiverem desligados.
O DPR é um conjunto de ações a serem tomadas antes, durante e depois de um desastre para a proteção da empresa. Além disso, as medidas preventivas que incluem são essenciais para impedir a ocorrência de estragos. Embora problemas nem sempre possam ser evitados, ter um Disaster Recovery Plan ajuda a reduzir os danos potenciais e a restaurar rapidamente as operações.
Benefícios do Disaster Recovery
O Disaster Recovery Plan descreve cenários em que o retorno aos trabalhos pode ser feito rapidamente para diminuir os tempos de inatividade após um incidente. Isto é muito importante para o negócio continuar e prevenir a perda de dados.
O benefício de um DRP é a continuidade da empresa em qualquer situação. Por isso, ter uma abordagem estratégica ajuda a manter os departamentos funcionando.
Aqui estão os principais benefícios do Disaster Recovery. Confira!
1. Redução de Custos
Mencionamos que uma boa documentação pode resultar em um melhor gerenciamento, mas também pode ajudá-lo a identificar áreas onde você poderia economizar dinheiro — especialmente se for hora de uma atualização de hardware.
Muitas vezes, a estratégia de Disaster Recovery de uma organização é desenvolvida ao longo do tempo e à medida que as necessidades mudam, ajustes são feitos. Aqui estão algumas estratégias de DR que reduzem os custos:
- uso de um provedor de serviços gerenciado para melhorar a eficiência e a confiabilidade;
- implementação de cloud computing;
- virtualização dos bancos de dados para economizar em custos de armazenamento, o que permite mais flexibilidade.
2. Segurança de Dados
Os dados se tornaram um dos ativos mais importantes para todas as organizações. Com as informações corretas é possível construir relacionamentos e projetar grandes experiências para seus clientes.
Não ter a segurança de dados atualizada significa comprometer a privacidade dos consumidores, o que pode levar a processos judiciais que podem afundar seu negócio.
Um bom Disaster Recovery Plan ajudará você a mitigar isso, garantindo que todas as suas bases estejam seguras contra todos os tipos de desastres.
3. Modernização da Infraestrutura
Para colocar um Disaster Recovery Plan em ação não é necessário investir em equipamentos onerosos, nem realizar complexos processos. O primeiro passo é selecionar um parceiro especialista em infraestrutura de TI, que ficará responsável pela execução de toda a estratégia.
Sem a necessidade de servidores e equipamentos robustos para a realização de backup na nuvem. A implantação dessa solução é rápida e não impacta na rotina da organização.
4. Escalabilidade
No que diz respeito aos dados da empresa, o Disaster Recovery Plan garante que as bases estejam sempre disponíveis, independentemente da situação.
Com a estratégia de recuperação correta, a escalabilidade e continuidade de uma organização são asseguradas. O Disaster Recovery proporciona sistemas flexíveis que possibilitam expandir o volume de dados, sem grandes esforços, devido ao uso de cloud computing.
5. Aumento da produtividade dos colaboradores
O Disaster Recovery deve ser executado pelas pessoas certas. Desse modo, quando funções e responsabilidades específicas são atribuídas com antecedência, a eficácia e a produtividade aumentarão.
Em alguns casos, o planejamento pode ter — no mínimo — duas pessoas capazes de lidar com a mesma tarefa. Tais redundâncias são incrivelmente benéficas a longo prazo.
Quando vários colaboradores conseguem lidar com uma determinada atividade, os sistemas e bancos de dados da organização são protegidos. Além disso, se alguém estiver de férias ou de licença médica, haverá um indivíduo qualificado capaz de lidar com a situação.
Da mesma forma, a mesma regra de treinamento se aplica quando são feitas novas contratações.
Melhore sua estratégia de Disaster Recovery
Estes são apenas alguns cenários que poderiam ser antecipados e abordados em uma estratégia de planejamento de desastres. Portanto, uma organização deve considerar ter um Disaster Recovery Plan registrado em um documento acessível a todos os seus colaboradores.
Testes regulares devem ser agendados para garantir que o plano seja preciso e funcionará quando uma recuperação for necessária. O Disaster Recovery também deve ser avaliado com critérios consistentes sempre que houver mudanças nos sistemas de negócios ou de TI que possam afetar a DR.
Ao preparar sua organização com antecedência, você garante o retorno dos negócios de forma rápida e eficiente.
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